Um pouco de teoria
Temos duas “coisas” para ligar: a tabela de penas que tem o número, espessura e cor das penas que você normalmente utiliza e o desenho com seus níveis.
Então o problema a ser resolvido é a ligação entre um nível do desenho com um número de pena (que especifica uma espessura e cor).
Esta ligação é simples fácil e lógica. Para que já criou ou programou com bancos de dados, é uma simples questão de ligar duas tabelas através de uma terceira tabela. Mas para os outros “mortais”, não é tão simples, mas fácil e lógica.
A tabela de penas tem basicamente três colunas: número da pena, espessura e cor, então podemos várias linhas com todas as espessuras e cores que iremos utilizar no desenho. Lembre-se estamos falando desenho técnico e não artístico, então temos um número bem limitado de espessuras e cores, já que pequenas variações ou nuances de cores mais confundem do que esclarecem.
Na outra ponta temos o desenho com níveis onde podemos desenhar as mais diversas entidades como linhas, textos, hachuras, arcos, círculos, etc. Como temos os níveis numerados, podemos dizer que o desenho tem um índice (nível) que contém várias entidades.
Ligando os pontos
Por fim temos o objetivo de conectar o índice da tabela de penas com o nível (índice do desenho).
Para fazer isto utilizamos a famosa tabela de plotagem que nada mais é que uma tabela com várias colunas indicativas dos índices. Numa das colunas temos o nível (índice) do desenho e numa outra coluna temos o número (índice) da pena que corresponde àquele nível.
Cada linha desta tabela indica um nível desenho e o correspondente índice da tabela de penas. Cada nível tem somente um índice de penas, ou seja, somente uma pena com sua espessura e cor. Para simplificar um pouco esta explicação, vamos ver um esquema deste funcionamento:

Neste esquema temos por exemplo uma linha no nível 3 do desenho. A tabela de plotagem indica que as entidades do nível 3 devem ser desenhadas com a pena número 4. A tabela de penas indica que a pena número 4 é uma 0,4mm de cor preta.
Resumo: entidades no nível 3 são desenhadas com pena 0,4mm de cor preta.
Mas como você pôde notar, há mais colunas na tabela de plotagem com hachura, estilo e fontes. O funcionamento destas outras colunas é a mesma, temos uma tabela de hachuras, onde temos numa coluna o índice da hachura e em outra as características da hachura. Do mesmo modo, com a tabela de estilo de linha e de fontes de texto.
Como o “TQS não é Autocad”, então a cor do desenho do elemento (entidade) não interfere na espessura e cor da plotagem, somente qual o seu nível.
Expandindo conceitos
Dentro do TQS, temos vários tipos de desenhos, como desenhos de formas, de armaduras, carimbos/molduras, diagramas, etc. Cada um tipo de desenho tem a sua própria tabela de plotagem, assim devemos configurar as diversas tabelas para que nossos desenhos tenham a qualidade que desejamos.
Como padrão, temos todos os desenhos com os níveis já pré-estabelecidos (podem ser alterados) e algumas tabelas de penas também configuradas para que você não tenha que construir tudo do “zero”. Então podemos começar alterando algumas configurações e com o tempo, paulatinamente, customizando os desenhos e plotagem para que se adequem ao nosso padrão.

Você pode utilizar fontes Windows, de preferência monoespaçados e também TQS (vetoriais), é só escolher na tabela de fontes.
Na tabela de estilos você pode inclusive ajustar e criar novos estilos de linhas.
Uma característica muito importante dos editores do TQS é que nem sempre o que você está vendo na tela é o que será plotado. Depende de parâmetros de visualização dos desenhos e outras configurações. Para ter certeza de que o desenho será plotado como deseja, utilize o comando de “Modo de visualização de plotagem” no editor gráfico.

A diferença entre o editor gráfico e o que será plotado, inclusive hachuras, fontes e eventualmente tipo de linhas é derivada dos primórdios do TQS quando o display do monitor era extremamente lento e, para conseguirmos visualizar o desenho sem ter que esperar uma “eternidade”, os textos apresentados na tela era simplificado, tosa as linhas era cheias e não mostrava as hachuras automáticas.
Por falar em hachuras, elas são um capítulo à parte nos desenhos e plotagem do TQS, onde basicamente temos três tipos:
– Hachura padrão
– Hachura automática
– Preenchimento sólido
No próximo artigo, vamos desvendar os mistérios das hachuras!
Se tiver comentários ou dúvidas, deixem na área de comentários, ou entrem em contato através do e-mail: herbert@maezano.com.br
Abraços!
herbert
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